sábado, 24 de abril de 2010

Poemas cantados








Hoje cantámos e lemos algumas poesias com a professora Fátima.A professora Fátima é muito simpática e
é irmã da professora Zulmira.

Cantámos a canção "A Fisga" e depois analisámos a poesia. Ouvimos a música com muita a tenção para completar algumas palavras que faltavam no poema.


A fisga

Trago a fisga no bolso da trás
e na pasta o caderno dos deveres
Mestre-escola, eu sei lá se sou capaz
de escolher o melhor dos dois saberes

o meu pai diz que o sol i que nos faz
minha mãe manda-me ler a lição
mestre-escola, eu sei lá se sou capaz
faz-me falta ouvir outra opinião

eu até nem sequer sou mau rapaz
com maneiras até sou bem mandado
mestre-escola diga lá se for capaz
pra que lado é que me viro. pra que lado?

trago a fisga no bolso da trás
e na pasta o caderno dos deveres
Mestre-escola, eu sei la se sou capaz
de escolher o melhor dos dois saberes



Gaivota
Musica: Alain Oulman
Letra: Alexandre O'Neill

Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
e uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
no meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus a vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era seu teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
no meu peito morreria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.



Menina está à janela
Música:
Letra: Vitorino
Menina estás à janela
com o teu cabelo à Lua,
não me vou daqui embora
sem levar ’ma prenda tua...

Sem levar ’ma prenda tua,
sem levar ’ma prenda dela,
com o teu cabelo à Lua...
menina estás à janela...

Os olhos requeren’olhos
e os corações corações,
os meus requeren’os teus
em todas’ocasiões...

Menina estás à janela
com o teu cabelo à Lua,
não me vou daqui embora
sem levar ’ma prenda tua...

Sem levar ’ma prenda tua,
sem levar ’ma prenda dela,
com o teu cabelo à Lua...
menina estás à janela...


Pedra Filosofal
Letra: António Gedeão

Eles não sabem que o sonho
É uma constante da vida
Tão concreta e definida
Como outra coisa qualquer

Como esta pedra cinzenta
Em que me sento e descanso
Como este ribeiro manso
Em serenos sobressaltos

Como estes pinheiros altos
Que em verde e oiro se agitam
Como estas aves que gritam
Em bebedeiras de azul

Eles não sabem que sonho
É vinho, é espuma, é fermento
Bichinho alacre e sedento
De focinho pontiagudo
Em perpétuo movimento

Eles não sabem que o sonho
É tela, é cor, é pincel
Base, fuste ou capitel
Arco em ogiva, vitral,
Pináculo de catedral,
Contraponto, sinfonia,
Máscara grega, magia,
Que é retorta de alquimista

Mapa do mundo distante
Rosa dos ventos, infante
Caravela quinhentista
Que é cabo da boa-esperança

Ouro, canela, marfim
Florete de espadachim
Bastidor, passo de dança
Columbina e arlequim

Passarola voadora
Pára-raios, locomotiva
Barco de proa festiva
Alto-forno, geradora

Cisão do átomo, radar
Ultra-som, televisão
Desembarque em foguetão
Na superfície lunar

Eles não sabem nem sonham
Que o sonho comanda a vida
E que sempre que o homem sonha
O mundo pula e avança
Como bola colorida
Entre as mãos duma criança

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